Transtorno (ataque) de Pânico
O Transtorno de Pânico, frequentemente chamado de ataque de pânico, é um quadro de ansiedade no qual esta se manifesta em sua forma mais extrema e aguda. Este transtorno se caracteriza por ataques de pânico, que são períodos nos quais a pessoa possui algumas das seguintes características, conforme manual diagnóstico (DSM V):
1. Palpitações, coração acelerado, taquicardia;
2. Sudorese;
3. Tremores ou abalos;
4. Sensações de falta de ar ou sufocamento;
5. Sensações de asfixia;
6. Dor ou desconforto torácico;
7. Náusea ou desconforto abdominal;
8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio;
9. Calafrios ou ondas de calor;
10. Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento);
11. Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar distanciado de si mesmo);
12. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”;
13. Medo de morrer.
* Os sintomas em destaque são os mais comuns e que muitas vezes diferenciam dos demais quadros psicológicos e médicos. Normalmente os ataques duram de 15 a 30 minutos e causam na pessoa extremo desconforto.
É importante ressaltar que a ansiedade e o pânico são necessários e fundamentais para nós seres humanos. Imagine que você se depara com um leão, se não fosse pelo pânico que você provavelmente sentiria e pela liberação de hormônios como a adrenalina, você não estaria pronto para fugir ou se defender. Porém neste quadro de Transtorno do Pânico a ansiedade gerada é desproporcional ao evento causador. Isso quer dizer que a reação da pessoa frente a algum estímulo é exagerada e muitas vezes irracional. Pense em mais um exemplo, medo de elevador. Muitas pessoas possuem esse medo ou fobia, entretanto se junto com o medo ocorrerem episódios de pânico, com alguns dos sintomas listados acima, a pessoa está apresentando comportamento inadequado ao estímulo, afinal a probabilidade de morrer ou se machucar dentro de um elevador é muito pequena. Mas é importante frisar que o primeiro ataque ocorre de surpresa fazendo com que a pessoa inicialmente confunda o quadro com alguma patologia cardíaca, como infarto, principalmente pela falta de ar, formigamento e dor no peito. Esse fato faz com que muitas pessoas acabem indo aos hospitais acreditando estarem passando por algum problema cardíaco, quando na verdade estão experimentando o famoso ataque de pânico.
A maioria dos pacientes com Transtorno do Pânico, após os primeiros ataques começam a fugir das situações que podem desencadear sucessivos ataques, por exemplo a situação vivida na primeira crise. Se uma pessoa experenciou o ataque em um supermercado ou em algum local com muita movimentação, ela pode relacionar estes locais com os ataques e passar a evitá-los, o que pode muita vezes ocasionar sua reclusão em casa, influenciando no desenvolvimento conjunto de uma depressão ou distimia (quadro depressivo mais brando).
Esse quadro tem tratamento, o qual inclui terapia e, em muitos casos, acompanhamento com psiquiatra, sendo necessária medicações para ajudar a retomar a rotina, já prejudicada devido o medo que o paciente desenvolve. Costuma-se utilizar a expressão "medo de sentir medo" que é exatamente o que ocorre com os pacientes que apresentam pânico.
Atualmente cerca de 300 milhões de pessoas sofrem com o Transtorno do Pânico no mundo e de acordo com matéria do jornal Estadão, de São Paulo, o Brasil tem a maior taxa de Transtornos de Ansiedade do mundo de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Dados preocupantes, não?
Procure um psicólogo, ele é profissional qualificado para diagnosticar e ajudar.